Fotografa: Carlos Cezanne
23 / 10 / 2020
Não há divisões assumidas, aqui vive-se ao sabor de cada momento e da vontade que se sente em cada instante.
Neste refúgio lisboeta, Tomás Colaço e Sofia Aguiar vivem o princípio corbusiano
“promenade architecturale”, em especial através do corredor e das portas, por lhes permitirem criar itinerários diferentes em cada espaço, consoante a estação do ano, a luz solar, o som ou até a disposição do momento.
É entre a Madragoa e a Caçada Marquês de Abrantes, em Lisboa, que chegamos à casa de Tomás Colaço e Sofia Aguiar. O lugar a que chamam de “poiso” e que est. na família há mais de 20 anos. Na verdade, essa historicidade familiar afigura-se como um dos únicos elementos de perenidade existentes nesta habitação.
A dupla de pintores e artistas admite fazer mudanças (quase) diárias, de tal forma que aqui não há a tradicional nomenclatura habitacional. “As divisões deixam de ter nome ou mantêm nomes antigos, como seja a sala verde, que não tem nada dessa cor, a não ser umas plantas, por acaso”. Além da cozinha e da casa de banho, que têm uma presença mais estável, “todas as outras divisões estão numa espécie de constante devir”, acrescentam.
“promenade architecturale”, em especial através do corredor e das portas, por lhes permitirem criar itinerários diferentes em cada espaço, consoante a estação do ano, a luz solar, o som ou até a disposição do momento.
É entre a Madragoa e a Caçada Marquês de Abrantes, em Lisboa, que chegamos à casa de Tomás Colaço e Sofia Aguiar. O lugar a que chamam de “poiso” e que est. na família há mais de 20 anos. Na verdade, essa historicidade familiar afigura-se como um dos únicos elementos de perenidade existentes nesta habitação.
A dupla de pintores e artistas admite fazer mudanças (quase) diárias, de tal forma que aqui não há a tradicional nomenclatura habitacional. “As divisões deixam de ter nome ou mantêm nomes antigos, como seja a sala verde, que não tem nada dessa cor, a não ser umas plantas, por acaso”. Além da cozinha e da casa de banho, que têm uma presença mais estável, “todas as outras divisões estão numa espécie de constante devir”, acrescentam.
Por isso mesmo, identifica-se um certo caos que advém da dificuldade que ambos t.m em separar o seu espaço mais privado do seu ambiente de trabalho. Assim, aquilo que come.ou por ser a pintura de uma tela, encontrou facilmente uma continuidade em pe.as de mobiliário, pavimentos e paredes pintadas por ambos.
Vive-se uma atmosfera longínqua da depuração decorativa, sem componentes modernistas. Se, num dia, as nove divisões da habitação chegam a estar vazias, depois enchem-se “como se fosse a casa de um acumulador distraído. Tudo é cenário, tudo é, de certo modo, falso, teatral”, fazendo parte daquilo que é o seu “próprio cenário diário”, dizem Tomás e Sofia.
Vive-se uma atmosfera longínqua da depuração decorativa, sem componentes modernistas. Se, num dia, as nove divisões da habitação chegam a estar vazias, depois enchem-se “como se fosse a casa de um acumulador distraído. Tudo é cenário, tudo é, de certo modo, falso, teatral”, fazendo parte daquilo que é o seu “próprio cenário diário”, dizem Tomás e Sofia.
Para mais informações, visite tomcola.blogspot.com.
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