Attitude 100: Hope

100 números. 100 edições repletas de histórias cativantes, talento inesgotável, espaços que nos fazem sonhar e que carregam em si a vida e a alma de quem um dia os imaginou.
Tal como na arte, na arquitectura ou no design de interiores, falar da Attitude é falar do processo de criação. Uma ideia que um dia, pelo amor ao papel ou a um sem fim de universos estimulantes e disruptivos, ganhou força e brotou lentamente, absorvendo narrativas, quer em solo português, quer em território internacional.

Como em qualquer percurso criativo, houve desafios e obstáculos; oportunidades e fragilidades; abandono e recomeço. Houve, sobretudo, perseverança, uma vontade incessante em continuar a preencher centenas de páginas com vozes audazes e testemunhos singulares, sempre aliados a marcas e parceiros que, em nenhum momento, deixaram de acreditar na força da comunicação. E do saber fazer português, missão visceral da Attitude desde o primeiro número.

Num ano particularmente atípico, este número simbólico assume-se como um sopro de esperança. Sabemos que nem todas as crises despertam estímulos e desbloqueiam a criatividade, e que 2020 poderá não ter sido, para muitos, o ano dos grandes feitos ou das grandes conquistas. Ainda assim, foi, sem dúvida, o ano da resiliência. O ano em que, apesar de tudo, muitos criativos continuaram a lutar e a manifestar o seu amor à arte, com maior ou menor fulgor, e isso, só por si, já merece ser reconhecido.

Publicar o número 100 em tempos de incerteza não foi um feito ou uma vitória, chamemos-lhe antes uma coincidência. Um acaso feliz que servirá, porventura, para nos recordar que enquanto continuarmos a lutar pelos nossos sonhos e aceitarmos que nem todos os dias serão soalheiros ou produtivos, a semente continuará a brotar.

E dará sempre frutos, mais cedo ou mais tarde, tornando-se inevitavelmente motivo de orgulho e de esperança.
Esperança, essa, que continua a empurrar-nos por esse mundo fora.