Attitude 120: Curiosity

  • É preciso coragem para a mudança, para reinventar o que já existe, ousadia para pisar o limiar do risco, e audácia para criar e fazer diferente.
    Talvez em jeito de nostalgia, já que esta é a última edição do ano, este que marcou o 20.º aniversário da Attitude, terminamos com um dos temas que melhor nos define — Curiosity.
  • “Desejo indiscreto de saber” é uma das muitas e possíveis definições. Gostamos de desafiar as formas convencionais, e há 120 edições que nos superamos, em gestos espaciais mais ou menos dramáticos que realçam as nossas convicções e tecem a nossa identidade.
  • Sugiro uma breve reflexão, inspirada nas palavras do poeta Jarod K. Anderson, no seu mais recente livro Something in The Woods Loves You: “Há dois caminhos para a magia: a imaginação e a atenção. A imaginação é a ficção que adoramos, as verdades construídas a partir de falsidades, poeira brilhante à superfície da água. Prestar atenção é reparar intencionalmente, participar na criação de significado para dar um novo peso ao nosso mundo. A magia não é uma rejeição do que é real. É uma síntese do mesmo, o néctar dos factos torna-se o mel do significado”.
  • De alguma forma, neste número celebramos o novo significado do artesanato, da obra de arte na sua forma pura, a que sai da alma e das mãos, já que estamos a experienciar um revivalismo do movimento Arts & Crafts um pouco por todo o mundo — talvez por necessidade de contrariar a fugacidade da era digital e o enaltecimento de vulgaridades da vida. Ou seja, são resgatadas heranças que, pela eloquência com que comunicam emoções humanas, são uma carta de amor ao saber-fazer.
  • Uma tendência global que vimos de perto na Homo Faber 2024 sob o tema “The Journey of Life”, que decorreu em Veneza no passado mês de Setembro, a qual destacamos neste número ao longo das rubricas Global Report, Meet e Portfolio. Apresentamos uma selecção de artistas que nos suscitaram interesse e despertaram a curiosidade, mentes criativas que apelam à intemporalidade da arte e à ancestralidade no seu expoente máximo, elaborando encenações únicas como odes ao artesanato em forma de poesia experimental. Mesmo que a intervenção contemporânea contorne os engenhos, aqui falamos de técnicas tradicionais exploradas das mais variadas formas, através de um diálogo imersivo que nos inspira e motiva a procurarmos e querermos mais. Ficou curioso?

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