Attitude 108: Twist

  • É provável que o verso Come on, let’s twist again like we did last summer lhe tenha passado pela cabeça assim que viu o tema desta edição. Talvez o nosso inconsciente já andasse a almejar um pezinho de dança, mas o que é certo é que não conseguimos encontrar uma forma melhor de descrever a diversidade de histórias e projectos que preenchem as próximas páginas.
  • Num número tão rico em imagens quanto divergente em conteúdos editoriais, voltámo-nos a apaixonar pelo artesanato, mergulhámos em hotéis e restaurantes pouco convencionais e lançamos um novo olhar ao futuro do design, “mais tecnológico, mas nem por isso menos humano e emocional”, defende a dupla de fundadores do estúdio Drift, responsável por muitas das instalações multimédia que têm vindo a transformar espaços de arte em todo o mundo.
  • De restaurantes que são palco de performances artísticas a caves de vinho que acolhem tertúlias secretas, passando, ainda, por fabulosas quintas e conventos transformados em hotéis, prepare-se para conhecer lugares poucas vezes referenciados nos circuitos tradicionais, mas que nem por isso se abstêm de dar voz à alma e às pessoas dessa região. Para todos aqueles que não prescindem de um bom roteiro cultural mesmo quando viajam em lazer, deixamos ainda duas sugestões: a casa de Alvar Aalto, em Helsínquia, e a fundação Factum, em Madrid, ambas exemplares na forma como têm vindo a recuperar o património e a antecipar o futuro da arte e do design contemporâneos.
  • Curiosamente, foi depois de entrevistar Ana Lapão sobre a sua casa em Degracias, que acabaria por reflectir mais profundamente sobre o propósito de uma edição particularmente ecléctica e inebriante. A forma como Ana falou das fisális que vai colhendo diariamente, da colecção de gaiolas que alimenta com ternura, da mesa de corte que resgatou de um alfaiate ou ainda das manhãs felizes que dão sentido aos dias foi suficiente para confirmar uma ideia que há muito temos vindo a apregoar – o calor de uma casa irá sempre sobrepor-se à sua época, dimensão ou opulência. Conhecer as memórias e paixões de quem nela habita é a forma mais apologética de conhecer esse lugar.
  • E é precisamente esse twist inesperado – essa celebração de um registo que não se coaduna com nenhum outro – que nos continua a fazer suspirar, sorrir, olhar duas vezes e emocionar. Felizmente, as próximas páginas estão repletas desses momentos, mas se ainda precisar de bons motivos para se juntar à festa, siga os passos da rubrica Mood, vista-se a rigor e ponha a música bem alto. Come on twist again, twistin’ time is here!

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