Attitude 102: Gather

  • Os temas iam-se acumulando na nossa agenda e na caixa de entrada e o nome desta edição continuava por definir. Primeiro, gastronomia. Depois, talvez viagens. Não convencidos, debatemo-nos sobre o que queríamos realmente comunicar. A resposta ressoou em uníssono: o reencontro, a tão necessária união entre as pessoas.
  • Depois de quase dois anos a testemunharmos a fragilidade do mundo, Gather incita à (re)descoberta das rotinas partilhadas que, agora, mais do que nunca, apelam a uma renovada consciência e sentido de comunidade. Um número que surge em tom esperançoso, ao mesmo tempo que as feiras e eventos de arte e design vão regressando às ruas e aos pavilhões para continuarem a alimentar aquilo a que sempre se propuseram – promover o encontro entre makers e consumidores, num registo tão pessoal quanto possível.
  • Convidamo-lo, assim, a juntar-se a nós durante mais uma edição do Salone del Mobile que, este ano, volta a afirmar-se num formato mais intimista, e, ainda, a percorrer as sempre inspiradoras ruas de Copenhaga e de Estocolmo, onde tivemos a oportunidade de acompanhar a última edição dos 3daysofdesign, verdadeira meca internacional do design, e, ainda, de integrar a Stockholm Creative Edition, a mais recente iniciativa de arte e design a nascer na cidade sueca.
  • Entre conversas com chefs portugueses (em que destacamos a enorme criatividade e resiliência dos chefs Vasco Coelho Santos e Fernando Morais), sugestivas propostas de hotelaria e restauração e, também, uma produção de moda totalmente diferente e arrojada, que poderá descobrir na nossa rubrica Mood, ainda houve tempo para viajarmos até Menorca. Um lugar que rapidamente nos apaixonou pela forma como consegue preservar a beleza intocada da sua paisagem, dando provas de uma enorme atmosfera artística, tantas vezes negligenciada na visita a este destino.
  • Na obra “O conto da ilha desconhecida”, José Saramago escreveu que seria “preciso sair da ilha para ver a ilha. Não nos vemos se não sairmos de nós”. Talvez seja essa a maior riqueza do viver – a capacidade de nos distanciarmos do que é realmente importante para lhe darmos o devido valor. Seja de uma ilha como Menorca, seja de tudo aquilo que vivemos no último ano. [A]

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