Attitude 103: Allure

  • Allure. O sedutor intervalo entre a serenidade e a interjeição, o subtil e o poderoso. É sob este preceito que damos as boas-vindas a 2022, atraídos por uma dimensão mística que rompe a cadência dos dias e que nos levaria a encontrar inspiração nas mais inóspitas – e inesperadas – paisagens artísticas. Deixando de parte uma esperada coerência temática, moveu-nos, sobretudo, o cruzamento de estímulos inebriantes, coincidentes na forma como reclamam mistério e provocam deslumbramento
  • Fiéis à linha editorial que sempre nos orientou, aproveitamos, ainda, a chegada do novo ano para reiterar a nossa vontade em dar voz a talentos emergentes, recordando alguns dos nomes que mais nos cativaram durante as nossas idas a Milão, Estocolmo e Copenhaga, e fazendo destas viagens o ponto de partida para o aprofundamento de novas e promissoras narrativas.
  • Partindo das composições sóbrias de Lisa Hellrup e Louise Roe, que tão bem traduzem esse je ne sais quoi nórdico inconfundível; passando, ainda, pelos interiores surpreendentes que o colectivo australiano Flack Studio tem vindo a desenvolver, conquistando uma comunidade de designers, arquitectos e jovens entusiastas de todo o mundo; sem esquecer, naturalmente, o contributo notável dos portugueses João Bruno Videira e Iva Viana na revalorização da identidade lusitana, encontrará nas páginas que se seguem projectos merecedores do nosso olhar atento e global, particularmente empenhado na promoção de talento nacional.
  • Certos de que novos e entusiasmantes capítulos continuarão a ser escritos nos próximos números, decidimos ainda prolongar o já habitual roteiro de interiores, levando-o a conhecer inspiradores modos de vida, não apenas em solo português, mas também em Itália, Brasil e Estados Unidos.
  • Paixões singulares que vai gostar de conhecer – muitas delas de acesso exclusivo, captadas pela nossa lente –, e que se manifestam, particularmente, na capa desta edição, uma escolha que ressoou em uníssono dentro da redacção, também ela a metáfora perfeita daquilo que é realmente este allure inexplicável: um rasgo de luz sobre um passado que nunca se apaga, e cuja permanência nos interpela a ver o lado mais belo da vida, sem refreio ou limitações.

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