Fotografia: CÉSAR BÉJAR STUDIO + DANE ALONSO / Texto: PATRÍCIA RAMOS
06 / 05 / 2022
Quando a arquitectura responde eximiamente a uma ideia tão poética como a de uma criança assustada que puxa e se cobre com o lençol da sua cama. Esta “colina em frente ao vale” versa esse sentimento de protecção e de aconchego.
A pessoa, sentindo-se mais segura, pode, através de pequenas brechas, ver o que se passa lá fora.
Foi assim que Rogelio Bores, fundador do HW Studio, traduziu as intenções previstas para esta habitação, localizada a mais de dois mil metros de altura, em El Vaquerito, no estado de Michoacán, México. E se o conceito não fosse por si só suficiente, o exterior, marcado por grandes superfícies montanhosas, deu continuidade e força ao projecto, aprovado de forma inequívoca pelo cliente.
A nova colina, que emerge como o levantar do lençol de cama, é sustentada por dois muros de betão. Dois outros muros definem o caminho de acesso dos hóspedes para dentro da casa. Neste percurso, a obra responde com uma nota de consideração pela natureza, quebrando a sua linha direita para que uma ligeira curva possa acomodar a grande e ancestral árvore. O trajecto estreito obriga a uma circulação solitária e contemplativa, permitindo tocar naquele tronco lenhoso e rugoso. Descem-se alguns degraus de pedra maciça e perolada e, por detrás de uma pesada porta de aço, encontramos a beleza de uma abóbada de betão, coberta, exteriormente, por um manto verde.
Foi assim que Rogelio Bores, fundador do HW Studio, traduziu as intenções previstas para esta habitação, localizada a mais de dois mil metros de altura, em El Vaquerito, no estado de Michoacán, México. E se o conceito não fosse por si só suficiente, o exterior, marcado por grandes superfícies montanhosas, deu continuidade e força ao projecto, aprovado de forma inequívoca pelo cliente.
A nova colina, que emerge como o levantar do lençol de cama, é sustentada por dois muros de betão. Dois outros muros definem o caminho de acesso dos hóspedes para dentro da casa. Neste percurso, a obra responde com uma nota de consideração pela natureza, quebrando a sua linha direita para que uma ligeira curva possa acomodar a grande e ancestral árvore. O trajecto estreito obriga a uma circulação solitária e contemplativa, permitindo tocar naquele tronco lenhoso e rugoso. Descem-se alguns degraus de pedra maciça e perolada e, por detrás de uma pesada porta de aço, encontramos a beleza de uma abóbada de betão, coberta, exteriormente, por um manto verde.
Embora num plano subterrâneo, frio e escuro, o ambiente interior é absolutamente aconchegante. Este equilíbrio alcança-se com a escolha dos materiais. Enquanto o betão irá resistir ao tempo e absorver as cores das colinas, tal como o aço irá ganhar a tonalidade das cascas das árvores, o chão e o mobiliário de madeira estimulam os aromas e texturas quentes da floresta. Por esse motivo, a parte esquerda da casa concentra as áreas sociais, abertas para a ravina arborizada, repleta de pinheiros, carvalhos e acácias. Já o lado direito resume-se aos dois quartos e uma suíte que, mais circunspectamente, possuem um pátio para admirar o céu e as copas mais altas e viçosas.
Para mais informações, visite o website HW Studio Arquitectos.