Os eixos conceptuais deste projeto andam à volta da ideia de comida caseira, feita com produtos de boa qualidade e com a simplicidade ao serviço da excelência, traduzido arquitetonicamente numa paleta cromática onde sobressai o vermelho em tonalidades terra e carmim, bem como na utilização de materiais naturais, como a madeira e o tijolo. O chão do novo restaurante, assume aqui um papel estratégico por causa da sua longa extensão e visibilidade, revestido com cerâmica quadrada vermelha. As demolições das paredes pré-existentes deram origem a uma planta em L, que contorna a cozinha e os espaços funcionais restritos aos funcionários, no piso térreo e mezanino, antecedido por uma sala de espera conectada ao shopping através de caixilharia de madeira e vidro e portas de correr.

O ladrilho hidráulico aplicado na fachada assemelha-se, em forma e cor, à cerâmica do chão. Sobre ele foi pintado o logotipo da marca numa releitura, em escala reduzida, da grande placa que sinaliza o restaurante na estrada. Contrapondo-se ao piso vermelho, o teto é uma superfície de visualização secundária, exceto no trecho próximo à entrada onde o pé-direito duplo é interrompido pela presença do mezanino.

Já no salão propriamente dito, há uma série de padrões de revestimento que derivam da paleta do projeto e que se coordenam com o layout, cuja diversidade ajusta a grande dimensão do espaço à sensação de acolhimento. O revestimento das paredes assume assim um papel de destaque, demarcando os sofás fixos através da aplicação de uma faixa a meia altura, inspirada nas tradicionais fazendas brasileiras – cor de carmim e traço delicado. A faixa muda de cor para branco, no trecho entre as duas janelas da fachada posterior, de modo a colaborar com a reflexão da luz natural e a enfatizar as plantas, voltando depois a assumir a cor carmim, destacando o mobiliário.

Já as novas paredes da cozinha foram revestidas com meio tijolo aparente, exceto nos fundos do bar, que tem protagonismo nos interiores, tanto funcional quanto simbolicamente.