• Viver Num Poema

    Soure, Portugal

print

Fotografia: Carlos Cezanne 
08 / 12 / 2022
Ana tem a natureza entranhada na vida e a felicidade estampada no rosto. Numa casa feita de sonhos e curiosidades, fez a beleza ressoar em uníssono. A poesia também se escreve sem palavras.  
Pergunto-lhe se nunca teve medo do excesso, de que alguma peça nunca encontrasse o seu devido lugar. “Não, nunca”, diz-nos Ana, sem pestanejar. Foi assim em todos os projectos que desenvolveu ao longo da sua vida e é também assim que, de forma sensível e assertiva, nos leva a conhecer a casa pela qual se apaixonou em plena pandemia. “A memória mais feliz desta casa? Foi quando a encontrei e percebi no que se poderia transformar. Os nossos amigos, quando lá chegam, ficam surpreendidos e dizem que parece que moramos lá há uma vida.”

Percebemos bem porquê. Onde não havia nada, Ana trilhou um caminho feito com alma, repleto de pequenos tesouros, objectos pessoais e mobiliário resgatado de vários mercados e cantos do mundo. Desde cedo que aprendeu a decifrar o belo e diz-se incapaz de hierarquizar qualquer um destes afectos. “Sou apaixonada por potes, bancos, gaiolas ou alguidares. Gosto de lhes dar uma vida diferente, de os ir completando.” A partir daí, surge a narrativa emocional: tanto nos três quartos e na sala de estar, esta última “muito confortável nos dias mais frios por causa da salamandra”, mas também na cozinha e nos quartos de banho, áreas geralmente “menosprezadas” que vão ganhando uma nova vida graças aos vários “candeeiros, pratas ou pequenos quadros” que gosta de adicionar. 
  • Viver Num Poema
  • Viver Num Poema
  • Viver Num Poema
  • Viver Num Poema
  • Viver Num Poema
  • Viver Num Poema
  • Viver Num Poema
  • Viver Num Poema
  • Viver Num Poema
  • Viver Num Poema
  • Viver Num Poema
  • Viver Num Poema
  • Viver Num Poema
  • Viver Num Poema
  • Viver Num Poema
E nem mesmo no exterior, Ana se absteve de lhe dar o seu toque pessoal, criando um pequeno alpendre em torno de uma mesa em pedra (sob um céu “estrelado” com as focinheiras que colecciona) e ainda o fabuloso chill out, “um lugar mágico” onde o tempo nos escorrega pelas mãos, sem pressas ou perturbações. “O único trânsito que existe é a passagem das cabras e das ovelhas”, comenta com um sorriso, destacando ainda a pequena horta e o jardim de aromáticas que lhes condimenta os dias “sempre felizes e preenchidos.”  
  • Viver Num Poema
  • Viver Num Poema
  • Viver Num Poema
  • Viver Num Poema
  • Viver Num Poema
  • Viver Num Poema
  • Viver Num Poema
  • Viver Num Poema
  • Viver Num Poema
  • Viver Num Poema
  • Viver Num Poema
  • Viver Num Poema
  • Viver Num Poema
  • Viver Num Poema
  • Viver Num Poema
  • Viver Num Poema
  • Viver Num Poema
  • Viver Num Poema
close

Subscreva a nossa Newsletter, para estar a par de todas as novidades da nossa edição impressa e digital.