• Louise Roe

    “O meu processo criativo é bastante orgânico.”

print

Fotografia: Cortesia Louise Roe 
01 / 02 / 2022
Materiais orgânicos e tons cuidadosamente escolhidos transportam valores escultóricos e arquitectónicos ao trabalho de Louise Roe. Sofisticação e simplicidade, aliadas a um vanguardismo moderno, caracterizam as colecções da marca que assume o nome da designer. 
Ana Rita Sevilha: Qual a história por detrás da marca e quais os seus fundamentos e valores? Louise Roe: Quando desenho, penso sempre em termos conceptuais – vejo os meus produtos na sua integridade. Considero as minhas criações no contexto das colecções da marca. Para mim, os materiais são muito importantes: devem ser honestos, orgânicos e de alta qualidade. Penso que os produtos devem ter um toque pessoal e ter intrínseco um “porquê?”. Inspiro-me em trabalhos gráficos, arquitectónicos e artísticos, e dou sempre o meu melhor quando crio um produto. Esta é a parte central do meu processo de trabalho, até porque antes de pensar em custos o que me interessa é criar objectos agradáveis. Posso dizer que as cores e a expressão táctil são escandinavas, enquanto que as formas têm claras influências internacionais.

ARS: A marca Louise Roe contempla um conjunto diversificado de objectos. O que os une? LR: A natureza táctil de cada produto combina entre si. Embora em alguns casos sejam contrastantes, complementam-se. O liso e brilhante com o mate e rústico, assim como o preto e o branco, por exemplo.

ARS: E como nasce cada um desses objectos? LR: São fruto da inspiração. Os “balloon vases”, por exemplo, foram desenhados enquanto via o The Great Gatsby. “Pirout” nasceu quando queria criar uma assimetria e foi desenvolvido através de modelagem em espuma de barro. “Silhouette” foi criado à mão, um jogo entre forma e movimento.
Há seis meses comecei a usar espuma de argila para moldar e criar os meus produtos. É um material que oferece uma perspectiva única e rápida do produto no mundo físico.
Acho que a minha inspiração vem muito dos detalhes, que tanto podem ser de um edifício, como de uma revista, um móvel ou um objecto. Esse pequeno detalhe pode ser levado num processo e acabar por se materializar num produto. Mas o produto vem antes da história. Quando o produto é criado, a história surge. A magia aparece quando vemos o objecto porque é nesse instante que nos apercebemos se ele tem algo.
  • Louise Roe
  • Louise Roe
  • Louise Roe
  • Louise Roe
  • Louise Roe
  • Louise Roe
  • Louise Roe
  • Louise Roe
  • Louise Roe
  • Louise Roe
  • Louise Roe
  • Louise Roe
  • Louise Roe
  • Louise Roe
ARS: Existe também uma “Colecção Cápsula”. O que a distingue? LR: Quando apresentamos uma “Colecção Cápsula”, não temos em consideração a sua capacidade de comercialização, concentramo-nos apenas no desenho e gastamos muitos recursos, tempo e dinheiro nisso. Para nós, nesse tipo de colecções é importante não nos limitarmos a objectivos comerciais. Damos total liberdade ao acto de criar algo que seja lindo e único. E isso é algo que só pode ser feito por algumas pessoas, porque há um trabalho artesanal que entra nestas criações que exige muito esforço.
  • Louise Roe
  • Louise Roe
  • Louise Roe
  • Louise Roe
  • Louise Roe
  • Louise Roe
  • Louise Roe
  • Louise Roe
  • Louise Roe
  • Louise Roe
  • Louise Roe
  • Louise Roe
  • Louise Roe
  • Louise Roe
Para mais informações, visite o website LOUISE ROE.
close

Subscreva a nossa Newsletter, para estar a par de todas as novidades da nossa edição impressa e digital.