• Iva Viana

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Fotografia: Pedro Sadio (retrato) / António Chaves 
14 / 01 / 2022
Estudou Escultura na Faculdade de Belas Artes do Porto e quis a vida que se apaixonasse pelo estuque e que o trabalhasse como poucos. De Viana do Castelo para o mundo, Iva Viana coloca um olhar contemporâneo na matéria e na técnica, de mãos dadas com o passado.
Ana Rita Sevilha: Como surgiu a paixão pela modelação e pelos estuques? Iva Viana: Viana do Castelo é considerada o berço dos estucadores. Confesso que, quando estudei Escultura, na Faculdade de Belas Artes do Porto, não tinha noção desta relação da minha cidade com o estuque e nem tinha nenhuma ligação com o estuque. Foi quando terminei o curso e comecei a trabalhar, em 2007, numa empresa francesa especializada em gessos decorativos, que o meu olhar mudou completamente. Foi essencialmente aqui que aprendi e me apaixonei pela matéria e pela técnica.

ARS: Trabalha várias escalas e cada projecto terá uma essência própria. Contudo, lanço-lhe o desafio: é possível eleger alguns que a tenham tocado particularmente? IV: Tenho um projecto que me tocou particularmente, sim. Foi um projecto sem pressas, com um respeito imenso pela história do edifício, com um imenso respeito pelo trabalho uns dos outros, porque envolveu imensas equipas de trabalho. Foi, até hoje, o mais longo que tive (quatro anos) e que me permitiu trabalhar e colaborar com dois “monstros” criativos, o Samuel Torres de Carvalho, da Arquitectura, e o José Pedro Croft, das Artes Plásticas. Criei dez tectos para o Ivens Arte que contam uma história desde o hall principal do edifício até ao 5.º andar.

ARS: Entre os desafios a médio prazo está um painel, que julgo que será o maior que já fez até então. O que nos pode contar sobre ele? IV: Sim, é verdade. São quatro fachadas de oito por três metros, é a minha primeira obra para o exterior. Já há muito que procurava uma oportunidade para que o meu trabalho fosse colocado no exterior e surgiu este projecto em Viana do Castelo, virado para o Rio Lima. Lima Meu é um conjunto de quatro painéis, que vão homenagear a fauna e a flora do Rio Lima e comunicam entre eles. A novidade é que esta obra não vai ser reproduzida em gesso, porque não é uma matéria para exterior. O processo de trabalho é exactamente o mesmo, ou seja, vou modelar os painéis e fazer os moldes de silicone, mas no final a reprodução é feita numa matéria com base de pedra.  
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 ARS: Como é um dia na vida de Iva Viana? IV: Passo o dia todo no atelier, gosto de entrar cedo, pelas 8h, e as manhãs são sempre para pôr as mãos na massa. Já as questões mais burocráticas e as reuniões, por exemplo, são sempre deixadas para a tarde.
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Para mais informações, visite o website Iva Viana.
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