Fotografia: Carlos Cezanne
28 / 12 / 2020
Comunicam o que são através do espaço que criaram para viver. Os detalhes rigorosos, a elegância etérea e a exploração moderada da cor confirmam-no.
Aproximamo-nos de uma casa senhorial, antiga instituição social inserida a poucos metros da marina de Ponta Delgada. Admiramos a fachada imponente e adivinhamos a malha austera que preenche os seus interiores. Enganamo-nos. Conduzidos por Bárbara Morgado e Óscar Catarino – a dupla de arquitectos com quem estivemos à conversa na pág. 88 desta edição –, desvendamos a alma de um lugar onde a depuração revela a sua amplitude. E em todo o lado sentimos serenidade.
Bárbara fala deste projecto ainda com grande encantamento. Lembra-se da primeira vez que entrou no edifício e encontrou um ambiente “pesado, marcado pelas madeiras castanhas, as paredes amareladas e chão desgastado”, mas que, ainda assim, a fascinou pela sua indubitável grandeza. Inicialmente pensado como projecto de investimento, rapidamente seduziu os proprietários que acabariam por fazer desta a sua casa desde 2015 – um espaço que apesar de clássico, “respira modernidade”; que, apesar de sereno, não se preza pelo minimalismo. Ainda que “praticamente habitável”, os arquitectos optaram por intervir na cozinha e num dos quartos de banho, preservando a sua amplidão incomum, que se distribui pelos dois pisos do edifício e multiplica-se pelos vários quartos, escritórios ou saletas. Do projecto de intervenção resultariam espaços munidos de uma elegância exímia, articulados, sem monotonia, com uma precisão quase cirúrgica e uma luz natural desconcertante.
Bárbara fala deste projecto ainda com grande encantamento. Lembra-se da primeira vez que entrou no edifício e encontrou um ambiente “pesado, marcado pelas madeiras castanhas, as paredes amareladas e chão desgastado”, mas que, ainda assim, a fascinou pela sua indubitável grandeza. Inicialmente pensado como projecto de investimento, rapidamente seduziu os proprietários que acabariam por fazer desta a sua casa desde 2015 – um espaço que apesar de clássico, “respira modernidade”; que, apesar de sereno, não se preza pelo minimalismo. Ainda que “praticamente habitável”, os arquitectos optaram por intervir na cozinha e num dos quartos de banho, preservando a sua amplidão incomum, que se distribui pelos dois pisos do edifício e multiplica-se pelos vários quartos, escritórios ou saletas. Do projecto de intervenção resultariam espaços munidos de uma elegância exímia, articulados, sem monotonia, com uma precisão quase cirúrgica e uma luz natural desconcertante.
Com um pé direito a atingir os quatro metros e meio de altura num dos pisos, seria difícil elencar todas as camadas que compõem esta residência: basta vaguearmos pelos corredores pontuados por espelhos debruçados sobre as paredes brancas, que encontramos de imediato várias fotografias (entre elas, diapositivos de trabalhos que partilharam durante os tempos de faculdade), peças de mobiliário “adquiridas gradualmente”, ou uma perfeita iluminação – são disso exemplo os candeeiros moooi, Poulsen ou o modelo KTribe da Flos –, uma das grandes paixões de Bárbara “capaz de moldar os espaços e de me aquecer o coração”, reconhece.
Para mais informações, visite o website box:arquitectos.
