journal
Fotografia: André Nazareth
19 / 02 / 2025
No coração de um lote urbano, uma jóia da arquitectura modernista ressurge com uma nova identidade.
O projecto da Casa Itaúna, que partiu da preservação de uma casa original de Oscar Niemeyer, reinterpreta os conceitos de espaço, integração e paisagem, expandindo-se para além dos limites da pré-existência. A aquisição do terreno adjacente permitiu uma intervenção que redefine a relação entre a construção e o seu entorno, abrindo espaço para um jardim que dialoga com as novas e antigas estruturas de forma fluida e contínua.
O projecto é desenvolvido em três volumes distintos, mas interligados por percursos desenhados como passagens, passadiços e escadarias. Essa abordagem estabelece uma leitura arquitectónica de continuidade e movimento, onde a separação entre interior e exterior se dissolve num jogo de aberturas e circulações estratégicas.
A casa original recebe uma intervenção marcante na fachada: grandes painéis pivotantes, estruturados por uma malha metálica, permitem uma modulação dinâmica entre transparência e resguardo, moldando a relação entre os espaços internos e a envolvente paisagística. Um longo banco desenha os limites das lajes, prolongando a experiência espacial e enfatizando a fusão entre a arquitectura e a natureza.
Um Novo Volume em Suspensão
O novo anexo de lazer é uma peça central da composição, suspensa sobre um plano que se estende entre a piscina e o jardim, como se flutuasse na paisagem. Com uma materialidade que privilegia a pedra e o betão, estabelece um contraponto à leveza estrutural das demais construções, demarcando a diferença entre a linguagem da expansão e a memória do edifício original.
A circulação vertical ganha protagonismo com a introdução de uma escada helicoidal, conduzindo a um volume elevado, onde grandes painéis deslizantes de vidro promovem um constante diálogo entre interior e exterior. No coração do projecto, um óculo circular funciona como um recorte no tecto que permite a entrada de luz natural e a ligação visual entre os diferentes níveis da casa, reforçando a atmosfera de continuidade e transparência.
A materialidade do projecto celebra a interação entre elementos naturais e industriais, criando contrastes que enriquecem a experiência arquitectónica. A justaposição entre pedra, betão e elementos metálicos realça a estética do conjunto e reforça a narrativa da intervenção: um equilíbrio entre solidez e leveza, entre permanência e transformação.
A Casa Itaúna não é apenas um exercício de expansão, mas sim um gesto de reinterpretação e valorização do legado arquitectónico modernista. A intervenção respeita e amplia o diálogo entre os espaços, criando uma residência que não apenas preserva a essência da obra original, mas a projecta para um novo tempo, onde a arquitectura e a paisagem se encontram em perfeita sintonia.
O projecto é desenvolvido em três volumes distintos, mas interligados por percursos desenhados como passagens, passadiços e escadarias. Essa abordagem estabelece uma leitura arquitectónica de continuidade e movimento, onde a separação entre interior e exterior se dissolve num jogo de aberturas e circulações estratégicas.
A casa original recebe uma intervenção marcante na fachada: grandes painéis pivotantes, estruturados por uma malha metálica, permitem uma modulação dinâmica entre transparência e resguardo, moldando a relação entre os espaços internos e a envolvente paisagística. Um longo banco desenha os limites das lajes, prolongando a experiência espacial e enfatizando a fusão entre a arquitectura e a natureza.
Um Novo Volume em Suspensão
O novo anexo de lazer é uma peça central da composição, suspensa sobre um plano que se estende entre a piscina e o jardim, como se flutuasse na paisagem. Com uma materialidade que privilegia a pedra e o betão, estabelece um contraponto à leveza estrutural das demais construções, demarcando a diferença entre a linguagem da expansão e a memória do edifício original.
A circulação vertical ganha protagonismo com a introdução de uma escada helicoidal, conduzindo a um volume elevado, onde grandes painéis deslizantes de vidro promovem um constante diálogo entre interior e exterior. No coração do projecto, um óculo circular funciona como um recorte no tecto que permite a entrada de luz natural e a ligação visual entre os diferentes níveis da casa, reforçando a atmosfera de continuidade e transparência.
A materialidade do projecto celebra a interação entre elementos naturais e industriais, criando contrastes que enriquecem a experiência arquitectónica. A justaposição entre pedra, betão e elementos metálicos realça a estética do conjunto e reforça a narrativa da intervenção: um equilíbrio entre solidez e leveza, entre permanência e transformação.
A Casa Itaúna não é apenas um exercício de expansão, mas sim um gesto de reinterpretação e valorização do legado arquitectónico modernista. A intervenção respeita e amplia o diálogo entre os espaços, criando uma residência que não apenas preserva a essência da obra original, mas a projecta para um novo tempo, onde a arquitectura e a paisagem se encontram em perfeita sintonia.