journal
05 / 09 / 2019
É de um “fraquinho pelo branding e pelo design editorial”, aliado a uma paixão aliciante por cada um dos seus projectos, que Bruno Soares e Eduardo Rodrigues procuram dar forma a narrativas visualmente apelativas, contribuindo para a notoriedade de marcas conceituadas nacional e internacionalmente. Através de um design eficiente e duradouro, a agência de design sediada em Matosinhos é responsável por um portefólio cada vez mais diversificado, hoje protagonizado pelas áreas de restauração e hotelaria. O ouro no sexto Graphis Brand Award, pelo projecto Fava Tonka, é prova disso mesmo. Estivemos à conversa com o colectivo sobre os desafios e ambições que alimentam a sua criatividade.
O que nos podem dizer sobre cada um dos criativos por detrás da Another Collective?
Neste momento, o protagonismo a nível criativo é assumido por duas pessoas, ainda que este não seja um processo fechado, uma vez que cada projecto tem as suas necessidades. Contamos com um conjunto de criativos que gravita à volta do estúdio, e que traz ideias novas, contribuindo para maturar os projectos através de diferentes linguagens. É algo no qual temos trabalhado e que pretendemos cimentar, mantendo uma equipa pequena e equilibrada, e que assume a direcção criativa. A nossa formação académica é em Design de Comunicação, e por isso assumimos as nossas limitações, rodeando-nos de pessoas com diferentes backgrounds e com capacidade para interpretar cada projeto de forma distinta.
Com serviços que vão desde o branding, design editorial, web design ou ilustração, podemos dizer que o processo criativo muda com frequência, ou existem aspectos transversais a todos os projectos?
Existem princípios base que consideramos fundamentais e que, naturalmente, são comuns a todos os projectos. Estes mesmos princípios, que procuramos aplicar nas diferentes realidades, contribuem para uma maior segurança e para uma abordagem mais confiante perante os obstáculos que vamos encontrando pela frente. Ainda assim, procuramos sempre trazer novas valias para a nossa metodologia de trabalho, uma vez que vemos em cada projecto um momento de aprendizagem constante.
O que nos podem dizer sobre cada um dos criativos por detrás da Another Collective?
Neste momento, o protagonismo a nível criativo é assumido por duas pessoas, ainda que este não seja um processo fechado, uma vez que cada projecto tem as suas necessidades. Contamos com um conjunto de criativos que gravita à volta do estúdio, e que traz ideias novas, contribuindo para maturar os projectos através de diferentes linguagens. É algo no qual temos trabalhado e que pretendemos cimentar, mantendo uma equipa pequena e equilibrada, e que assume a direcção criativa. A nossa formação académica é em Design de Comunicação, e por isso assumimos as nossas limitações, rodeando-nos de pessoas com diferentes backgrounds e com capacidade para interpretar cada projeto de forma distinta.
Com serviços que vão desde o branding, design editorial, web design ou ilustração, podemos dizer que o processo criativo muda com frequência, ou existem aspectos transversais a todos os projectos?
Existem princípios base que consideramos fundamentais e que, naturalmente, são comuns a todos os projectos. Estes mesmos princípios, que procuramos aplicar nas diferentes realidades, contribuem para uma maior segurança e para uma abordagem mais confiante perante os obstáculos que vamos encontrando pela frente. Ainda assim, procuramos sempre trazer novas valias para a nossa metodologia de trabalho, uma vez que vemos em cada projecto um momento de aprendizagem constante.
O vosso portfólio reúne já um vasto número de clientes, desde Câmaras Municipais à Super Bock, Sogrape ou vários restaurantes. Algum projecto particular que possam destacar e porquê?
A verdade é que, tendo diferentes áreas de actuação, existem sempre projectos que nos marcam por razões muito distintas. Creio que os projectos que temos vindo a desenvolver com a Super Bock são extremamente gratificantes, não só pelo processo mas também pelo resultado final. A liberdade criativa que existe faz com que se tornem quase numa fuga à rotina pelo seu carácter exploratório, deixando muitas vezes de ser meros projectos para se transformarem quase em instalações. Assim, acreditamos que aqueles que mais nos marcam são os que requerem um maior envolvimento da nossa parte, partindo de uma consultoria estratégica, passando pela definição do conceito do espaço e, por fim, pela concretização do mesmo, como é o caso do Fava Tonka. Para nós, enquanto agência, é muito mais recompensador assumir um trabalho como este, que passa por todas estas fases, até porque nos faz crescer sobremaneira, tanto a nível pessoal como profissional.
O ouro nos Prémios Graphis na categoria Branding, graças ao trabalho desenvolvido para o Fava Tonka, representa a vossa sexta distinção nesta competição mas reforça, também, uma crescente preferência pelas áreas de hotelaria e restauração. Consideram que é diferente trabalhar para um restaurante ou para qualquer outra instituição?
A verdade é que temos trabalhado bastante na área da hotelaria e da restauração, algo que surgiu quase por acaso mas que se tem transformado praticamente numa imagem de marca da agência. Pela experiência que temos vindo a acumular, é muito diferente trabalhar para esta área por diversos motivos, o background dos clientes é diferente, a forma de estar e até o ritmo das pessoas que lideram os projectos são bastante distintos. Não queremos necessariamente com isto dizer que são melhores ou piores, são naturalmente diferentes, por todas as especificidades da área, que muitas vezes nos mostram realidades paralelas dentro do mesmo universo.
Neste caso em específico, de que forma o conceito do restaurante é transposto para o branding realizado?
No caso do Fava Tonka, as opções que tomamos a nível gráfico acabam por ser as expectáveis. Desde o início que era imperativa a utilização de materiais que respeitassem um lado mais natural, com o mínimo de interferência humana. A aplicação da marca no exterior do espaço, fazendo uso de parte de um tronco, que serve também de balcão no interior, é um exemplo paradigmático. Assim, consideramos que estamos a mostrar aos clientes o espaço por dentro, mesmo antes de entrarem, através do contacto com os materiais. Optamos por utilizar camadas, grelhas de construção que parecem não existir, formas que não parecem perfeitas. No fundo, construímos um conceito baseado num caos organizado, encontrando essas perfeitas imperfeições com as quais a Natureza nos brinda.
A verdade é que, tendo diferentes áreas de actuação, existem sempre projectos que nos marcam por razões muito distintas. Creio que os projectos que temos vindo a desenvolver com a Super Bock são extremamente gratificantes, não só pelo processo mas também pelo resultado final. A liberdade criativa que existe faz com que se tornem quase numa fuga à rotina pelo seu carácter exploratório, deixando muitas vezes de ser meros projectos para se transformarem quase em instalações. Assim, acreditamos que aqueles que mais nos marcam são os que requerem um maior envolvimento da nossa parte, partindo de uma consultoria estratégica, passando pela definição do conceito do espaço e, por fim, pela concretização do mesmo, como é o caso do Fava Tonka. Para nós, enquanto agência, é muito mais recompensador assumir um trabalho como este, que passa por todas estas fases, até porque nos faz crescer sobremaneira, tanto a nível pessoal como profissional.
O ouro nos Prémios Graphis na categoria Branding, graças ao trabalho desenvolvido para o Fava Tonka, representa a vossa sexta distinção nesta competição mas reforça, também, uma crescente preferência pelas áreas de hotelaria e restauração. Consideram que é diferente trabalhar para um restaurante ou para qualquer outra instituição?
A verdade é que temos trabalhado bastante na área da hotelaria e da restauração, algo que surgiu quase por acaso mas que se tem transformado praticamente numa imagem de marca da agência. Pela experiência que temos vindo a acumular, é muito diferente trabalhar para esta área por diversos motivos, o background dos clientes é diferente, a forma de estar e até o ritmo das pessoas que lideram os projectos são bastante distintos. Não queremos necessariamente com isto dizer que são melhores ou piores, são naturalmente diferentes, por todas as especificidades da área, que muitas vezes nos mostram realidades paralelas dentro do mesmo universo.
Neste caso em específico, de que forma o conceito do restaurante é transposto para o branding realizado?
No caso do Fava Tonka, as opções que tomamos a nível gráfico acabam por ser as expectáveis. Desde o início que era imperativa a utilização de materiais que respeitassem um lado mais natural, com o mínimo de interferência humana. A aplicação da marca no exterior do espaço, fazendo uso de parte de um tronco, que serve também de balcão no interior, é um exemplo paradigmático. Assim, consideramos que estamos a mostrar aos clientes o espaço por dentro, mesmo antes de entrarem, através do contacto com os materiais. Optamos por utilizar camadas, grelhas de construção que parecem não existir, formas que não parecem perfeitas. No fundo, construímos um conceito baseado num caos organizado, encontrando essas perfeitas imperfeições com as quais a Natureza nos brinda.
Onde alimentam a vossa criatividade?
Indo para além do óbvio, como é o caso da internet ou das revistas, grande parte do que criamos é resultado de um processo constante de debate e de confronto de ideias. As nossas ideias surgem, fundamentalmente, do mastigar da informação com a qual nos confrontamos nos lugares comuns de hoje. Paralelamente, viajar é fundamental para o despertar de novas ideias. É sempre interessante quando visitamos um determinado espaço, e temos a possibilidade de confrontar uma ideia pré-definida com a experiência de estar e sentir um determinado local. Uma vez que parte do nosso trabalho é fora do escritório, nada melhor do que obter inspiração através do contacto com novas realidades.
E nos dias em que se sentem menos inspirados, como procurar contrariar essa situação?
Os dias menos bons são uma realidade que devemos saber encarar, se possível não insistindo quando sentimos que estamos num beco sem saída. Passar o projecto a outra pessoa, com uma diferente perspectiva, capaz de trazer uma nova abordagem, ou passar para outro projecto, algo que seja capaz de agitar o marasmo momentâneo. É raro o dia em que estamos confinados unicamente a um projecto. Este oscilar entre projectos contribui para que os momentos de estagnação ocorram com menos frequência, uma vez que nos vemos constantemente obrigados a repensar o que estamos a fazer e como estamos a fazer.
Sobre os projectos futuros ligados à restauração em Portugal e em Espanha, que mais nos podem adiantar?
Actualmente, estamos a trabalhar numa série de projectos nas áreas de hotelaria e restauração, entre os quais dois hotéis na baixa do Porto, que têm sido extremamente gratificantes, uma vez que somos parte integrante do processo desde o início. Ainda sem sair da cidade Invicta, estamos a desenvolver mais dois projectos na área da restauração, sendo que um deles se encontra na fase final, sendo expectável que inaugure durante o mês de Setembro. Até ao final do ano, contamos apresentar mais dois projectos na área da restauração, nomeadamente em Braga e em Lisboa. No que diz respeito ao mercado espanhol, temos vindo a trabalhar em projectos de consultoria e de branding, tanto com clientes portugueses como com clientes espanhóis. Neste momento, encontramo-nos a trabalhar em parceria com um grupo português na expansão da marca em território espanhol, projeto esse que esperamos ver materializado no primeiro semestre de 2020.
Indo para além do óbvio, como é o caso da internet ou das revistas, grande parte do que criamos é resultado de um processo constante de debate e de confronto de ideias. As nossas ideias surgem, fundamentalmente, do mastigar da informação com a qual nos confrontamos nos lugares comuns de hoje. Paralelamente, viajar é fundamental para o despertar de novas ideias. É sempre interessante quando visitamos um determinado espaço, e temos a possibilidade de confrontar uma ideia pré-definida com a experiência de estar e sentir um determinado local. Uma vez que parte do nosso trabalho é fora do escritório, nada melhor do que obter inspiração através do contacto com novas realidades.
E nos dias em que se sentem menos inspirados, como procurar contrariar essa situação?
Os dias menos bons são uma realidade que devemos saber encarar, se possível não insistindo quando sentimos que estamos num beco sem saída. Passar o projecto a outra pessoa, com uma diferente perspectiva, capaz de trazer uma nova abordagem, ou passar para outro projecto, algo que seja capaz de agitar o marasmo momentâneo. É raro o dia em que estamos confinados unicamente a um projecto. Este oscilar entre projectos contribui para que os momentos de estagnação ocorram com menos frequência, uma vez que nos vemos constantemente obrigados a repensar o que estamos a fazer e como estamos a fazer.
Sobre os projectos futuros ligados à restauração em Portugal e em Espanha, que mais nos podem adiantar?
Actualmente, estamos a trabalhar numa série de projectos nas áreas de hotelaria e restauração, entre os quais dois hotéis na baixa do Porto, que têm sido extremamente gratificantes, uma vez que somos parte integrante do processo desde o início. Ainda sem sair da cidade Invicta, estamos a desenvolver mais dois projectos na área da restauração, sendo que um deles se encontra na fase final, sendo expectável que inaugure durante o mês de Setembro. Até ao final do ano, contamos apresentar mais dois projectos na área da restauração, nomeadamente em Braga e em Lisboa. No que diz respeito ao mercado espanhol, temos vindo a trabalhar em projectos de consultoria e de branding, tanto com clientes portugueses como com clientes espanhóis. Neste momento, encontramo-nos a trabalhar em parceria com um grupo português na expansão da marca em território espanhol, projeto esse que esperamos ver materializado no primeiro semestre de 2020.
Para mais informações, visite o site do estúdio Another Collective.