• WOODS + DANGARAN

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Fotografia: Joe Fletcher 
23 / 05 / 2022
Brett Woods e Joseph Dangaran tornaram-se amigos muito antes de partilharem o estúdio, onde, desde 2013, continuam a dar largas à sua visão rigorosa e integrada, recorrendo a uma vasta equipa de colaboradores para recriar a beleza atemporal das casas modernistas californianas. Com disciplina e uma boa dose de optimismo, o duo americano devolve a alma antiga a espaços do nosso tempo, revelando como a arquitectura poderá, afinal, suplantar a força inexorável do lugar onde se insere.  
Inês Graça: Que princípios têm em mente sempre que iniciam um novo projecto de recuperação de uma residência?
Brett Woods + Joseph Dangaran: Tudo começa com uma conversa com o cliente. Tentamos perceber quais os momentos que mais valorizam durante o dia ou o que lhes chamou à atenção quando consideraram pela primeira vez comprar a propriedade. Pesquisamos os desenhos originais e as tecnologias disponíveis no momento da construção e tentamos criar uma certa empatia com a arquitectura original. O que faria o arquitecto naquela altura com as ferramentas que hoje temos disponíveis? Além disso, a maior parte das estruturas com as quais trabalhamos revelam grandes danos causados pela água. Em termos de telhados e materiais, temos tecnologia muito mais avançada do que aquela que existia há 60 anos. Tudo isto influencia a expressão arquitectónica ao permitir construções mais finas, vãos mais longos e vidros de maiores dimensões.

Como conseguem infundir uma sensação de modernidade sem descurar a dimensão histórica do edifício? A intemporalidade é o nosso principal objectivo. Queremos garantir que a casa funciona com a tecnologia e os sistemas actuais, ao mesmo tempo que procuramos continuar a expressar a intenção original do design. Concebemos espaços que são ocupados por humanos e, por isso, a sua escala e volume devem responder às necessidades do usuário. Se uma sala for desproporcional, o utilizador nunca estará confortável dentro do espaço.

Referiram, por várias vezes em entrevistas anteriores, que os processos colaborativos desempenham um papel fundamental. Com quem costumam colaborar?
Somos tão bons quanto a equipa que nos rodeia. O proprietário tem de acreditar na ideia de que a criatividade e a expressão artística são melhor estimuladas pela positividade do que pelo receio das consequências. Temos uma grande equipa de colaboradores, desde os nossos clientes a consultores, construtores, designers e fabricantes. Se exigimos respeito e confiança por parte da equipa quando procuramos uma nova solução arquitectónica, o mesmo deve ser incutido quando outro perito nos apresenta uma ideia. Além de que somos uma família. Conhecemo-nos há mais de 20 anos e éramos amigos antes de começarmos a trabalhar. Comunicamos de humano para humano. Nada é imposto, tudo é colaborativo. 
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Clear Oak 
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Culver City Case Study Project 
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Residência Mar Vista
Existem alguns nomes que ressoem com frequência dentro do gabinete? Fazemos referência a Louis Kahn, Ludwig Mies van der Rohe, Peter Zumthor e John Pawson quase todos os dias. Inspiramo-nos em arquitectos que desafiam os limites da estrutura, tectónica e minimalismo.
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Casa Moore 
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Residência Santa Monica II 
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Para mais informações, visite o website Woods + Dangaran.
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