journal
Fotografia: Kevin Scott
20 / 08 / 2025
Em Seattle, uma casa discreta redefine o significado de renovação. Longe da ideia de expansão ou da obsessão pelo “mais”, a In-Kind House nasce de um gesto consciente: devolver ao lugar uma habitação pensada na justa medida dos seus habitantes - nem excesso, nem falta
O projecto ergue-se sobre as fundações de betão de uma moradia dos anos 1950. Da antiga casa, herda não tanto a forma, mas a atitude: o respeito pela paisagem e pela luz. Desde o primeiro olhar, a proposta foi clara: reimaginar a relação entre o espaço interior e o jardim existente, um refúgio verde a sul, cultivado ao longo de décadas.
A entrada da casa, marcada por uma escada em consola que parece pousar delicadamente sobre a rocha existente, estabelece de imediato um diálogo entre construção e natureza. No interior, a continuidade deste gesto prolonga-se em grandes vãos envidraçados e portas deslizantes que dissolvem a fronteira entre sala, deck e cozinha exterior. Aqui, o jardim deixa de ser apenas cenário: torna-se extensão do quotidiano.
O jogo de luz é central. Um generoso caixilho a oeste, reposicionado para enquadrar um bordo japonês, inunda o átrio e a escada principal, levando claridade até à cave. transformada num espaço luminoso e habitável, longe da antiga sensação de clausura.
Com apenas 177 m² (1.900 sq ft), a casa revela como a escala não precisa de ser sinónimo de limite. A cobertura inclinada, com vigas de madeira expostas e janelas clerestórias, amplia a sensação de abertura. Os interiores, pensados numa paleta de materiais naturais, reforçam esta ideia de leveza: paredes de estuque, pavimentos em madeira maciça e carpintarias em carvalho branco.
Mas há lugar também para a surpresa: na cozinha e na zona de refeições, o carvalho é tingido de azul profundo, criando um ponto de contraste que define a área social. A entrada, inspirada nos genkan japoneses, convida à pausa com um banco integrado e armários discretos que permitem o ritual de descalçar os sapatos antes de entrar.
A In-Kind House não procura ser monumental. O que a distingue é a subtileza com que concilia permanência e transformação: conserva o espírito da casa original, mas liberta-o das suas limitações espaciais. O resultado é um lugar que privilegia a relação íntima com a natureza, a fluidez dos espaços e o conforto essencial. Uma arquitectura que, ao invés de impor, acompanha o ritmo da vida e da paisagem.
A entrada da casa, marcada por uma escada em consola que parece pousar delicadamente sobre a rocha existente, estabelece de imediato um diálogo entre construção e natureza. No interior, a continuidade deste gesto prolonga-se em grandes vãos envidraçados e portas deslizantes que dissolvem a fronteira entre sala, deck e cozinha exterior. Aqui, o jardim deixa de ser apenas cenário: torna-se extensão do quotidiano.
O jogo de luz é central. Um generoso caixilho a oeste, reposicionado para enquadrar um bordo japonês, inunda o átrio e a escada principal, levando claridade até à cave. transformada num espaço luminoso e habitável, longe da antiga sensação de clausura.
Com apenas 177 m² (1.900 sq ft), a casa revela como a escala não precisa de ser sinónimo de limite. A cobertura inclinada, com vigas de madeira expostas e janelas clerestórias, amplia a sensação de abertura. Os interiores, pensados numa paleta de materiais naturais, reforçam esta ideia de leveza: paredes de estuque, pavimentos em madeira maciça e carpintarias em carvalho branco.
Mas há lugar também para a surpresa: na cozinha e na zona de refeições, o carvalho é tingido de azul profundo, criando um ponto de contraste que define a área social. A entrada, inspirada nos genkan japoneses, convida à pausa com um banco integrado e armários discretos que permitem o ritual de descalçar os sapatos antes de entrar.
A In-Kind House não procura ser monumental. O que a distingue é a subtileza com que concilia permanência e transformação: conserva o espírito da casa original, mas liberta-o das suas limitações espaciais. O resultado é um lugar que privilegia a relação íntima com a natureza, a fluidez dos espaços e o conforto essencial. Uma arquitectura que, ao invés de impor, acompanha o ritmo da vida e da paisagem.
Para mais informações, visite o website GO'C.