journal
Fotografia: Felix Michaud
17 / 06 / 2025
No coração do oeste de Toronto, um antigo templo religioso renasce como casa multigeracional — um refúgio íntimo concebido para acolher uma família em crescimento e os seus pais.
Mais do que uma simples reconversão, este projecto revela-se como uma escavação poética da luz e do tempo, respeitando a memória do edifício e reinventando a sua vocação original enquanto espaço de encontro.
Implantada ao longo de toda a profundidade do terreno, a antiga igreja oferecia uma estrutura robusta e generosa, ideal para esculpir novos volumes e permitir que a luz natural atravessasse o interior de forma inesperada. Discretamente rebaixada em relação à rua, a casa assume uma postura introvertida, quase contemplativa, reforçando a ideia de retiro urbano.
Organizado em duas unidades simétricas — norte e sul — o novo programa residencial articula espaços privados e áreas partilhadas, onde a relação entre as diferentes gerações se constrói com fluidez. O pátio central, núcleo orgânico do projecto, estabelece uma nova centralidade. Ao abrir selectivamente a estrutura existente, a luz passa a ser o elemento condutor, revelando a matéria original: vigas de madeira expostas, estruturas metálicas e tijolo antigo, agora reinterpretados com um sentido de continuidade e responsabilidade ambiental.
No piso superior, volumes cuidadosamente desenhados criam quartos íntimos que se expandem em terraços e zonas comuns, como a horta urbana no topo. Um átrio de pé-direito duplo junto à entrada, banhado por um grande envidraçado e uma clarabóia, actua como eixo visual entre os dois pisos, enquanto um bordo de bordo-japonês no pátio reforça a ligação com a natureza e oferece privacidade subtil à casa de banho principal.
A paleta material celebra a textura sobre a cor: cal, microcimento, madeira e alvenaria original compõem uma linguagem sensorial e silenciosa, onde a luz desenha sombras e revela as camadas do tempo. O resultado é um espaço habitado por memórias, onde arquitectura e intimidade coexistem numa coreografia serena e profundamente humana.
Implantada ao longo de toda a profundidade do terreno, a antiga igreja oferecia uma estrutura robusta e generosa, ideal para esculpir novos volumes e permitir que a luz natural atravessasse o interior de forma inesperada. Discretamente rebaixada em relação à rua, a casa assume uma postura introvertida, quase contemplativa, reforçando a ideia de retiro urbano.
Organizado em duas unidades simétricas — norte e sul — o novo programa residencial articula espaços privados e áreas partilhadas, onde a relação entre as diferentes gerações se constrói com fluidez. O pátio central, núcleo orgânico do projecto, estabelece uma nova centralidade. Ao abrir selectivamente a estrutura existente, a luz passa a ser o elemento condutor, revelando a matéria original: vigas de madeira expostas, estruturas metálicas e tijolo antigo, agora reinterpretados com um sentido de continuidade e responsabilidade ambiental.
No piso superior, volumes cuidadosamente desenhados criam quartos íntimos que se expandem em terraços e zonas comuns, como a horta urbana no topo. Um átrio de pé-direito duplo junto à entrada, banhado por um grande envidraçado e uma clarabóia, actua como eixo visual entre os dois pisos, enquanto um bordo de bordo-japonês no pátio reforça a ligação com a natureza e oferece privacidade subtil à casa de banho principal.
A paleta material celebra a textura sobre a cor: cal, microcimento, madeira e alvenaria original compõem uma linguagem sensorial e silenciosa, onde a luz desenha sombras e revela as camadas do tempo. O resultado é um espaço habitado por memórias, onde arquitectura e intimidade coexistem numa coreografia serena e profundamente humana.
Para mais informações, visite o website StudioAC.


