O ponto de partida para o conceito dos interiores desta cafetaria foi uma máquina de café vermelha La Marzocco que o cliente comprou muito antes do início do projeto. Os designers responsáveis pelos interiores acharam “seria simbólico construir um interior de cafeteria em torno de uma máquina de café”: assim surgiu a porta vermelha, que lembra o icónico bar parisiense Little Red Door, tal como todos os outros pequenos detalhes em vermelho, incluindo o logotipo e toda a identidade da marca.

Painéis em madeira cor de café com leite, abóbadas e piso em tijolo, fazem da decoração desta cafetaria um espaço de verdadeira ode à cultura do café. O tijolo, usado também na bancada principal, cria uma transição suave entre a entrada e o balcão onde os visitantes podem escolher e experimentar o delicioso café. “Usámos aqui tijolos de clínquer Feldhaus alemães. O material é forte e resistente o suficiente para um revestimento de piso, mas ao mesmo tempo aconchegante e agradável ao toque para servir como bancada”, contam os designers.

O principal desafio deste projeto foi o tamanho do espaço. “Para acomodar o número desejado de convidados, usámos parapeitos profundos como parte dos assentos e colocámos uma pequena mesa lateral, pendurada na parede”. As duas grandes mesas ao lado das janelas foram projetadas para oferecer o espaço a possíveis eventos, como encontros empresariais ou de grupo. É possível, também, sentar algumas pessoas ao balcão.

“Apesar da modesta dimensão do espaço, foi importante para nós darmos a devida atenção ao bar, onde decorrerá a principal ação de produção do café, oferecendo aos visitantes a oportunidade de assistir ao processo de fabrico do café como uma performance”.

Um esboço a carvão do artista local Nurbol Nurakhmet adiciona uma subtileza especial à atmosfera do Julius. As cadeiras são da marca dinamarquesa Gubi e as mesas e painéis de madeira são feitos por artesãos locais.