Attitude 114: Roots

Encerramos a última edição do ano com a atitude que nos caracteriza: a vontade de partilhar o que mais nos cativou nos últimos tempos, enraizado naquilo que nos envolve e nos distingue.
Enquanto que no número passado assistimos à passagem do tempo como um estado de graça que se sentiu a pairar no vazio, remotamente, agora, é tempo de abraçar os ciclos que se reiniciaram, enquanto descobrimos novas playlists para acompanhar o mood do dia. Já dizia a Celeste, na música Strangers: “Back to this room, back to our roots, what did we lose?” (De volta a este quarto, de volta às nossas raízes, o que é que perdemos?)

E se o voltar às nossas raízes passa por momentos de recomeços, também aqui quisemos explorar o nosso lado mais arrojado, no seu estado mais puro. Quiçá numa atitude de rebeldia, pela nostalgia do final de ano que se avizinha, ou quiçá pela ânsia do aniversário que nos espera… (Sobre isto, terão de esperar pela próxima edição!)

De olhos postos no futuro, fizemos uma prospecção daquilo que acontece ao nosso redor, nas camadas da memória, nas tendências que se adivinham, em múltiplas formas e interpretações. Um voltar às origens como uma dependência que perpetua no tempo, como sílabas que se encaixam, e revelam o poder da palavra para mudar estigmas e paradoxos da sociedade.

Um pouco por todo a parte, é também evidente a preocupação com a pegada ecológica, e são inúmeras as questões ambientais que nos invadem, que marcam comportamentos e abrem caminhos a (já não tão) novos conceitos, nomeadamente a circularidade. Até porque a vida é feita de ciclos.

Entre Paris e Valência, fomos espreitar o que aí vem para o mercado, soluções modernizadas que trazem um cocktail de cores e experimentações; já em Madrid, a cena artística continua de vento em popa, e deu-se a conhecer em profundidade, de portas abertas para o mundo.

É tempo de promessas, de novos capítulos e, como mote de “fim de época”, estendemos o nosso agradecimento para quem nos acompanha, para que comece agora o tempo das celebrações. Está na altura de tirar os casacos quentes, preparar as festividades e brindar em uníssono ao menu criativo desta edição: A arte está servida! A