Attitude 111: Performance

Andamos nas voltas da vida, pelas ruas dos pensamentos e vielas das memórias. E esta edição vem lembrar-nos disso mesmo. Que a vida é para ser vivida e partilhada, e a arte é feita para saboreá-la, no calor das casas que nos acolhem, e na criatividade de quem nos mostra o seu lado mais íntimo.

Uma coreografia visual — que pode ler e desfrutar nas próximas páginas —, numa Performance irrepetível. Esta é, por si só, um acto de expressão máxima onde tudo pode acontecer, uma exibição pública entre movimento e atitude; é uma apresentação viva da arte, nas suas variadas formas.

E é exactamente nesse mote que assenta o nosso número, apresentado como um conjunto de obras de arte, de representações cénicas, com uma selecção de obras e personalidades, numa dança de conteúdo.

Pelo calor que já se faz sentir, pelas sugestões de Arte, com parte da cena artística entre Portugal e o povo-irmão, até à escolha de edifícios brutalistas que não param no tempo, procurámos personalidades distintas, com um cariz performativo. Quase como um diário, como por exemplo no Profile — rubrica que iniciámos este ano — e cujo perfil destacado dispensa apresentações: o arquitecto Luís Rebelo de Andrade (pág. 42); até às silhuetas voluptuosas da arte e técnicas de produção de um chapéu, onde a imagem vive do movimento numa encenação única.

Viajámos pelo país para conhecer melhor da cerâmica portuguesa e, em Copenhaga, festejámos os 150 anos da Fritz Hansen. E para aguçar a curiosidade, vamos trazer-lhe na próxima edição, uma amostra do Salão de Mobiliário de Milão e um pouco da celebração do 10.º aniversário do festival 3 Days of Design 2023, a decorrer em Copenhaga, no próximo mês de Junho.
E que comece esta jornada de linguagens artísticas, numa interpretação única, para saborear no calor de uma esplanada — que já merecemos!