travel
Fotografia: David Dumon
18 / 07 / 2025
Como o canto das aïtas a atravessar o amplo deserto, o hotel Jnane Rumi apodera-se do cobiçado bairro Triangle d’Or, onde emerge, magnífico, entre palmeiras centenárias. Tudo aqui é pretexto para incendiar o olhar.
O recém-inaugurado hotel reinventa a vibrante cultura marroquina numa linguagem fusional entre tradição e contemporaneidade, sofisticação e exotismo, Oriente e Ocidente. Simultaneamente sóbrio e irreverente, Jnane Rumi personifica o renascimento criativo da cidade vermelha. Por estas razões optámos por enquadrar este espaço na rubrica Interiors – habitualmente dedicada a projectos residenciais –, de forma a sublinhar a sua importância e originalidade no panorama internacional do design de interiores. O jardim idílico, ou jnana, em árabe, foi o que inicialmente seduziu o advogado especializado em arte e empreendedor cultural holandês Gert-Jan van den Bergh e a sua mulher, Corinne. Depois, a casa – morada de ilustres como o sociólogo marroquino Paul Pascon –, desenhada pelo arquitecto tunisino Charles Boccara, autor do Teatro Real de Marraquexe. A recente renovação levada a cabo por Nicolas Bodé – discípulo de Boccara – e Jacques van Nieuwerburgh pretendeu unir esforços na integração da herança marroquina e estética contemporânea.
Mais do que um hotel de charme, Jnane Rumi é um manifesto sob a forma de residência cultural. São 11 suites no edifício principal, uma esplendorosa piscina de 11 metros e um pavilhão anexo com piscina e jardim privados para quem anseie por maior recato. Os interiores idealizados pela designer luso-holandesa Mina Abouzahra sintetizam o coração vibrante deste lugar improvável num rasgo marcado pelo encontro entre artesanato local, peças vintage e design contemporâneo. Um pastiche delicado feito de uma brilhante tessitura de épocas, saberes e talentos.
Mais do que um hotel de charme, Jnane Rumi é um manifesto sob a forma de residência cultural. São 11 suites no edifício principal, uma esplendorosa piscina de 11 metros e um pavilhão anexo com piscina e jardim privados para quem anseie por maior recato. Os interiores idealizados pela designer luso-holandesa Mina Abouzahra sintetizam o coração vibrante deste lugar improvável num rasgo marcado pelo encontro entre artesanato local, peças vintage e design contemporâneo. Um pastiche delicado feito de uma brilhante tessitura de épocas, saberes e talentos.
Associada a esta fusão linguística, a arte assume o protagonismo através da curadoria do artista e consultor criativo Samy Snoussi, sediado em Marraquexe.


