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Fotografia: Francisco Ascensão
26 / 11 / 2024
Casa para muitas famílias, o Bairro Marechal Gomes da Costa, no Porto, é a localização do novo projeto dos arquitetos Francisco Ascensão, José Luís Tavares e Patrícia Morais.
Projetado em 1947, o antigo Bairro de Casas Económicas Marechal Gomes da Costa é conhecido pelas casas geminadas, duas a duas, cada uma com dois pisos e telhados de três águas. O projeto de ampliação de uma das propriedades do bairro foi entregue a Francisco Ascensão, José Luís Tavares e Patrícia Morais, motivado pelo crescimento da família que nela habita.
O (re)nascimento desta habitação unifamiliar contou com o acrescento de um novo volume – uma estrutura mista de betão e madeira com cobertura plana e cércea inferior à do beirado original –, que surge como um prolongamento dos alinhamentos das fachadas, estabelecendo a ligação a um anexo existente (e intervencionado neste projeto).
Com esta intervenção, as fachadas ganharam uma nova textura, resultante da estereotomia dos blocos de betão aparente que revestem a construção, promovendo, simultaneamente, um diálogo de continuidade e uma demarcação clara entre o edifício original e a ampliação.
Ainda assim, as fachadas da moradia contam com elementos de betão pontuais – uma pala que protege a porta de uma nova entrada, uma laje que faz a ligação do novo volume ao anexo existente, e as padieiras dos vãos do piso superior. A dimensão destes vãos replica a proporção das janelas já presentes na casa, mas num material diferente – alumínio anodizado, no lugar da madeira pintada.
Apesar da ampliação, o esquema de compartimentação da casa original manteve-se praticamente na íntegra. Através de demolições, supressões e cortes em elementos de alvenaria e carpintaria foi possível atenuar os desfasamentos ao nível da altimetria e planimetria dos dois volumes, permitindo a adaptação dos espaços às novas funções do conjunto. Estas operações redefinem a linguagem das divisões interiores, entre os elementos originais e os mais recentes. No novo volume, as estruturas de madeira e de betão foram deixadas à vista, diferenciando-se assim dos restantes compartimentos.
Com este projeto, a casa reinventou-se, adaptou-se aos novos tempos e cresceu. Mas a sua essência manteve-se: uma casa Económica, que fará sempre parte do Bairro.
O (re)nascimento desta habitação unifamiliar contou com o acrescento de um novo volume – uma estrutura mista de betão e madeira com cobertura plana e cércea inferior à do beirado original –, que surge como um prolongamento dos alinhamentos das fachadas, estabelecendo a ligação a um anexo existente (e intervencionado neste projeto).
Com esta intervenção, as fachadas ganharam uma nova textura, resultante da estereotomia dos blocos de betão aparente que revestem a construção, promovendo, simultaneamente, um diálogo de continuidade e uma demarcação clara entre o edifício original e a ampliação.
Ainda assim, as fachadas da moradia contam com elementos de betão pontuais – uma pala que protege a porta de uma nova entrada, uma laje que faz a ligação do novo volume ao anexo existente, e as padieiras dos vãos do piso superior. A dimensão destes vãos replica a proporção das janelas já presentes na casa, mas num material diferente – alumínio anodizado, no lugar da madeira pintada.
Apesar da ampliação, o esquema de compartimentação da casa original manteve-se praticamente na íntegra. Através de demolições, supressões e cortes em elementos de alvenaria e carpintaria foi possível atenuar os desfasamentos ao nível da altimetria e planimetria dos dois volumes, permitindo a adaptação dos espaços às novas funções do conjunto. Estas operações redefinem a linguagem das divisões interiores, entre os elementos originais e os mais recentes. No novo volume, as estruturas de madeira e de betão foram deixadas à vista, diferenciando-se assim dos restantes compartimentos.
Com este projeto, a casa reinventou-se, adaptou-se aos novos tempos e cresceu. Mas a sua essência manteve-se: uma casa Económica, que fará sempre parte do Bairro.
Para mais informações visite Francisco Ascensão.