• Luz Imponente

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17 / 10 / 2018
Mariana Garcia Oliveira e Filipi Oliveira, licenciados em arquitectura e urbanismo, são os fundadores do gabinete mf+arquitetos, dedicado às áreas comercial, residencial, industrial e de design de interiores. Com projetos de diferentes escalas, a equipa surpreende pelo estilo contemporâneo, com projetos que apelam à integração do interior com o exterior. A Casa do Colecionador é exemplo disso mesmo: um refúgio que explora a rusticidade e naturalidade dos materiais, incorporando peças de arte singulares. Estivemos à conversa com o estúdio de arquitectura.

Que ambiente pretendiam criar para este lar?
O refúgio é caracterizado por características simples, uma pureza de formas, integração com a natureza e uso de materiais naturais com uma paleta de cores de tons terrosos. Quisemos explorar o toque de tecidos, o calor da madeira, a nobreza do mármore, a rusticidade da pedra e do betão, que se mistura com o essencial: viver, explorar, conhecer, viajar, receber e apreciar. 

Houve uma preferência por que tipo de materiais?
A maior característica é a utilização dos materiais naturais como a pedra, a madeira que dá bastante aconchego, o mármore, enquanto material mais nobre e o cimento do chão, que é usado em toda a extensão do projeto, sem distinção de ambientes, para uma maior integração dos mesmos. A parte da marcenaria também foi toda pensada desde o início para fazer a ligação entre os espaços ou uma leve separação.

Neste apartamento, a privacidade do espaço é algo bastante evidente. De que forma é que conseguiram tornar este lugar num refúgio tão íntimo?
Por ter o conceito de loft, a maior característica é a integração, que é percebida desde as portas da garagem - painéis que correm e integram-se com a sala de estar. Esta, por sua vez, tem as portas de vidro embutidas na parede de pedra, possibilitando a integração das salas como jardim do recuo. As portas pivotantes de muxarabi controlam o sol da tarde e fazem a extensão para área da piscina. A área da suíte possui uma leve separação do sala de estar, através do bloco de mármore que recebe a copa e tem integração visual com o jardim externo e o banho.

 
A arte é uma das grandes protagonistas desta residência. Que tipo de obras podemos encontrar?
Sim, é uma das grandes paixões do morador. A sua obra começa no design brasileiro, com a poltrona Mole de Sérgio Rodrigues, a poltrona Diz e a cadeira Cantu. O sofá e a mesa Bank do Jader Almeida, com tampo em mármore verde Guatemala, misturam-se no jardim vertical. Destaque para as fotografias surrealistas do Alemão Stefan Gesell, que unem a natureza e o ser humano, para as imagens do fotógrafo ucraniano Oleg Prisco e para o artesanato brasileiro representado através dos cães magros de Marcos de Sertania e das cabeças em madeira.

Qual considera ser o principal “charme” deste apartamento?
Um projecto único que resulta de uma arquitectura simples, intemporal e integrada com a natureza, aliada ao uso de materiais naturais como a pedra, a madeira, o mármore e o betão.

 
Para mais informações, visite o site do gabinete mf + arquitetos.
Fotografia: Felipe Araujo 
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