• Entrevista Toni Egger

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02 / 04 / 2015
O jovem designer de produto alemão Toni Egger tem um interesse especial pelos processos de produção tradicionais, visível no cuidado que coloca no desenvolvimento de cada peça.

Onde estudaste design?
Eu fiz o curso na Academy of Craft and Design Gut Rosenberg em Aachen, na Alemanha. Mais tarde completei o mestrado em Basileia na Academy of the Arts and Design Northern Switzerland, Institute of Integrative Design.

Porque decidiste ser designer?
Depois da escola secundária, fiz algumas viagens e voluntariado na América Latina. De volta a casa, fiz um curso de carpintaria durante três anos. Logo a seguir, um amigo meu pôs-me em contacto com a Design Academy de Aachen e houve um clique desde o início. Todas aquelas pessoas e a atmosfera positiva, os ateliers criativos, eu adorei. De início não me interessava muito por design, mas sabia que queria fazer parte deste mundo criativo. E é aí que estou agora.
Como defines o teu trabalho?
O meu objectivo é criar mobiliário elegante e durável que comunique a sua construção mas também a sua manufactura de uma forma objectiva. Eu penso que isto é algo que a nossa geração exige. Queremos algo que contraste com os objectos impessoais e com um tempo de vida curto.

Como funciona o teu processo criativo?
Ao principio há um pressentimento, um desejo ou um requerimento para algo. No processo criativo eu tento trabalhar as minha ideias passo-a-passo. Estou constantemente a manipular o material com que estou a trabalhar, numa tentativa de conseguir chegar à essência ou à ideia principal. Durante este processo, faço vários desenhos, maquetes ou desenho em 3D, e uso diferentes ferramentas e técnicas de impressão. Faço questão desde o início de estar em contacto com especialistas que tenham experiência a trabalhar com certos materiais ou processos de produção. O conhecimento e inspiração que recebo com estes contactos é essencial para o meu trabalho.

Em que estás a trabalhar neste momento?
Estou a planear uma colecção de mobiliário juntamente com o designer Simon Felix Tarantik, em que o cabedal ecológico colorido irá ter um papel determinante. Eu gosto de retirar inspiração de técnicas tradicionais e do material. Nos próximos dias iremos conhecer um curtidor de peles tradicional da Áustria. Estou muito entusiasmado por poder observar de perto como ele trabalha.

 "O sorriso de alguém pode ser tão inspirador como uma técnica ancestral, que foi transmitida durante séculos."
Quais são as tuas maiores fontes de inspiração?
Eu penso que consegues ser inspirado por todo o lado. Pela observação, por exemplo, de um insecto ou um arranha-céus. O sorriso de alguém pode ser tão inspirador como uma técnica ancestral, que foi transmitida durante séculos. É por isto que a nossa profissão é tão entusiasmante. É tudo sobre curiosidade, estar alerta e sobre um tipo de interesse puro nas coisas que nos rodeiam.

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