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    Lonneke Gordijn + Ralph Nauta

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Fotografia: cortesia Drift 
04 / 11 / 2022
“Usamos a tecnologia para perceber os princípios da natureza e para recriar a forma como ela nos faz sentir. Só assim poderemos mudar o nosso comportamento.” 
A frase é de Lonneke Gordijn mas traduz bem a missão das mais de seis dezenas de criativos e engenheiros que compõem o DRIFT, estúdio que fundou ao lado de Ralph Nauta em 2007. Num exercício de “liberdade e emoção”, fazem das suas instalações e esculturas a metamorfose perfeita para dissecar paradigmas e transformar mentalidades. O resultado, que chegou a ganhar forma na Bienal de Veneza ou no festival Burning Man, lembra-nos que a arte é necessária e a natureza “a única fonte de inspiração”.

Inês Graça: Numa entrevista em 2016, disseram que viviam “numa época em que tudo está separado em blocos de conhecimento.” Sentem que o espírito colaborativo tem evoluído desde então? Lonneke Gordijn e Ralph Nauta: Sem dúvida. Trabalhámos recentemente num projecto sobre intuição com uma cientista, a professora e directora do instituto de psicologia Leiden Andrea Evers, e temos conversado com vários cientistas para ver como eles utilizam a intuição no seu trabalho. Apesar de terem de provar tudo o que sabem, concluímos que continuam a recorrer à intuição e isso foi uma grande descoberta. Há colaboração, mas também há conhecimento, tudo se une. Também estamos neste momento à procura de um novo director-geral para o estúdio e não queremos uma pessoa do mundo da arte, queremos alguém da vertente tecnológica. É como procurar novas ligações que nos dão um pouco mais de resistência, mas também te ajudam a avançar.

As pessoas tendem a associar a natureza a um certo tipo de tranquilidade, mas vocês estão particularmente interessados no seu carácter transformador e efervescente. Como pode a tecnologia ser um veículo para difundir esta mensagem? A natureza é a única fonte de inspiração. Para a tecnologia, para os modelos de negócio, para a economia, para todas as histórias. E depois há o que criámos a partir dela. Aprendemos muito com ela: gostamos de olhá-la profunda-mente, de ver a sua mensagem, padrões, comportamento e inteligência. E como pode a tecnologia difundir esta mensagem? A tecnologia é muito mais simples do que a natureza, porque a natureza pode transformar-se. Usamos a tecnologia para aprender sobre os princípios da natureza e tentamos recriar esse sentimento de conexão para mudarmos o nosso comportamento e as escolhas que fazemos.
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Que elementos têm sempre em consideração? O mais importante é o que o trabalho comunica ao público, como te faz sentir. Se esta ligação emocional não existir, então não é um bom trabalho. Quanto ao resto, utilizamos diferentes tecnologias, técnicas e materiais, mas trata-se sobretudo do que as pessoas sentem e de como o trabalho transforma a noção do espaço que ocupa. 
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Para mais informações, visite o website Studio Drift.
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