• Entrevista Epiforma

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06 / 03 / 2015
Filipe Ferreira e Francisco Ribeiro começaram a Epiforma há pouco mais de seis meses, mas desde então já conseguiram apresentar duas colecções de objectos: Meanwhile Curiosities e Graphic Metamorphosis; para além do desenvolvimento da comunicação gráfica do Get Set Festival. A dupla, com estúdio na cidade do Porto, não se quer restringir a uma única área de trabalho. Por isso, procuram em todos os projectos sair da sua zona de conforto e experimentar.

Como e quando começaram a Epiforma?
Após alguns anos a trabalhar em vários países e focados em diversas áreas do design, sentimos a necessidade de voltar à nossa origem (Portugal) para aproveitar o actual contexto cultural emergente. Todo o conhecimento e experiências que adquirimos ao longo dos últimos anos, impulsionou-nos na criação de um estúdio multi-disciplinar com uma oferta polivalente e experimental. Fundamos a Epiforma em Junho de 2014.
Como funciona o vosso processo criativo?
Nós acreditamos que bom design é sempre personalizado em relação às necessidades de cada projecto, cliente ou marca. O nosso processo adapta-se inteiramente a essas circunstâncias. A nossa premissa para qualquer projecto baseia-se na sua total compreensão e enquadramento. Este contexto é normalmente obtido através de um diálogo com o cliente. Depois, passamos para um research inclusivo e os primeiros brainstormings que nos vão levar à conceptualização do projecto, estruturação de uma narrativa e definição de objectivos.
Também passamos por diversas fases de sketching (2d e 3d), prototipagem simples (com materiais maleáveis que temos sempre presentes no estúdio) e brainstormings regulares.

Como dupla, quem faz o quê?

Regra geral trabalhamos num registo multi-disciplinar. Tentamos constantemente explorar cenários fora da nossa zona de conforto, com o intuito de alcançar resultados inesperados e manter o factor surpresa constante no processo de trabalho.

 "Ao nível de acções e comportamentos, tentamos sempre analisar a relação entre o ser humano e as tipologias de objectos em que estamos a trabalhar, no sentido de encontrar resultados inovadores e distintos."
Onde encontram inspiração?
A nível visual, captamos constantemente inspiração na relação que o nosso imaginário estabelece com os nossos interesses quotidianos: livros que lemos, princípios matemáticos que nos fascinam, filmes, galerias e museus que visitamos, música, novos destinos para onde viajamos e novas culturas. Ao nível de acções e comportamentos, tentamos sempre analisar a relação entre o ser humano e as tipologias de objectos em que estamos a trabalhar, no sentido de encontrar resultados inovadores e distintos. Last but not least, o conhecimento dos produtores e artesãos com quem colaboramos, assim como todo o processo de desenvolvimento são também uma fonte de inspiração super relevante.

Qual o projecto de que mais se orgulham, porquê?
Se tivermos de apontar uma experiência em particular, a colecção Graphic Metamorphosis teve uma grande importância no nosso curto percurso como estúdio. A convite da Wallpaper* Magazine, conceptualizámos, desenvolvemos e produzimos uma colecção em tempo recorde (3 semanas), para integrar uma exposição durante o London Design Festival.

Em que estão a trabalhar agora?
Neste momento estamos a trabalhar em vários projectos em diversas áreas. A nível de produto e mobiliário temos estado a desenvolver projectos para clientes particulares. A nível de branding e comunicação, estamos a trabalhar lado a lado com diversas empresas. Estamos também envolvidos na organização de um festival cultural no Porto (Get Set Festival), onde somos responsáveis por toda a comunicação. Como acreditamos que a criatividade não se restringe a áreas particulares e temos vontade de explorar novos terrenos, temos também desenvolvido ideias para montras de lojas, stands e exposições.

Fotografia: Luís Espinheira
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